COC – Centro de Oncologia Campinas

Janeiro Branco: psico-oncologia minimiza sofrimento e direciona esforços ao tratamento

Janeiro é, tradicionalmente, o mês de colocar em prática novas resoluções de vida, tentar mudar o que desagrada e iniciar um ano melhor do que aquele que passou. Por esse motivo, o mês foi escolhido para propagar a campanha que prega a importância da cultura da saúde mental. Janeiro Branco tenta despertar nas pessoas a consciência de que a mente é parte importante de qualquer tratamento – físico ou emocional.

Para os pacientes oncológicos, o diagnóstico pode impactar das mais diferentes formas. A doença sugere uma relação de perdas – de cabelo, forma física, disposição e controle da saúde. Dar suporte para minimizar o sofrimento e direcionar esforços ao enfrentamento do novo contexto são algumas das atribuições da psico-oncologia.

A psico-oncologista Ana Luiza Nobile Cassiani, do Centro de Oncologia Campinas, destaca que, como o câncer é multifatorial, boa parte dos agentes emocionais pode estar presente nos sentimentos e sensações que acompanham o diagnóstico da doença.

“As pessoas começam a pensar na finitude e a questionar ‘por que eu?’, ‘mas eu fiz tudo direito!’. A ideação da vida é ameaçada. É preciso encontrar respostas positivas a esses questionamentos e o olhar apurado, profissional, é capaz de conduzir ao encaminhamento correto”, especifica.

O apoio do psico-oncologista durante todos os processos envolvidos na doença possibilitará ao paciente se fortalecer para absorver o tratamento e as etapas envolvidas no processo.

“Quando um paciente é diagnosticado, aquele mundo presumido, o mundo que era conhecido até então, desaparece. Surgem a relação entre o câncer e as perdas e a sensação de que tudo aquilo que estava previsto para a vida está ameaçado. O apoio emocional é fundamental, tanto para dar suporte a questões voltadas ao tratamento quanto para ajudar nas atitudes diante da doença”, detalha Ana Luiza.

Dicas de leitura:

Janeiro Branco e importância da saúde mental

Campanhas como a do Janeiro Branco despertam conscientização, combatem tabus, orientam e inspiram a respeito de importantes questões relacionadas à vida. O movimento Janeiro Branco pode ainda impulsionar atitudes e levantar questionamentos a respeito da importância de ações relacionadas ao bem-estar emocional do ser humano.

Na oncologia, o atendimento ao paciente com câncer, explica Ana Luiza, é psicossocial e envolve a família e pessoas próximas, que também precisam de atenção e orientação emocional.

“É um cuidado integral. A saúde emocional também influencia na resposta ao tratamento, na dinâmica com quem está a sua volta. O câncer é uma questão específica. É abrangente e cercado de incertezas. O paciente precisa desse suporte para expressar seu sentimento e aprender a lidar com o momento”, detalha.

No Centro de Oncologia Campinas, o serviço de atendimento psicológico é oferecido aos pacientes e também familiares.

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