COC – Centro de Oncologia Campinas

Humanização é regra no atendimento do COC

No corre-corre dos atendimentos, é comum encontrar profissionais do Centro de Oncologia Campinas trocando palavras descontraídas nos corredores e salas de espera da instituição. São instantes dedicados a conhecer um pouco mais da vida das pessoas. É uma interação espontânea, que exemplifica o que a oncologista Mary da Silva Thereza entende como parte imprescindível da construção dos 45 anos de história do COC: as relações humanas.

“Mais importante do que a estrutura física que temos aqui no Centro de Oncologia Campinas é tudo aquilo que envolve as relações humanas vividas dentro da unidade. São todas as pessoas que passaram por aqui e ajudaram a construir a nossa história. O COC tem uma história rica de pessoas que contribuíram para que continuasse firme como uma instituição que cuida de pessoas com câncer”, salienta a médica.

O termo “humanidade” faz referência a tudo que compõe a natureza humana, mas também é usado como sinônimo de benevolência e complacência. Os variados adjetivos, no entendimento de Mary Thereza, são objetos imprescindíveis na construção de qualquer projeto que tenha por finalidade o bem-estar do próximo.

“Dentre as passagens que considero importantes nestes 45 anos de história do COC, destaco todo o histórico humano. Todos os médicos, profissionais, pacientes e aqueles que conseguimos ajudar de alguma forma. A humanização deve sempre guiar o nosso trabalho”.

A oncologista presenciou mais de 30 dos 45 anos de existência do Centro de Oncologia Campinas. É peça ativa nas evoluções da instituição e um dos instrumentos que tornaram possível a concretização das transformações evolutivas do tratamento do câncer. “A história da instituição é uma evolução em diferentes sentidos. O COC não ficou parado no tempo, tanto do ponto de vista físico, quanto profissional e humanitário”, destaca.

Mary Thereza reafirma a significância dessa evolução, sobretudo quando o alvo do crescimento é a vida humana. “Há 45 anos havia uma realidade, mas hoje essa realidade é totalmente diferente. E o COC acompanhou esse processo”, observa.

“É uma linha de crescimento para todo mundo. Há 45 anos, a vida era menos complexa. As mudanças que ocorreram na sociedade desde àquela época levaram o COC a agregar, hoje, tudo o que é necessário para o paciente num só local, porque hoje as distâncias de deslocamento são maiores e a vida é mais atribulada. São questões ligadas à evolução: seja ela material, humana, ou no próprio tratamento oncológico. Quando estamos em contínua evolução, significa que não seremos atropelados pelos avanços, pois estaremos sempre nos renovando e conquistando novos conhecimentos”.

Há mais do que capacitação tecnológica e profissional envolvida na atenção à saúde, ainda que a finalidade da unidade seja prestar atendimento médico de qualidade à população.

“Existe humanidade no sentido de conseguir ajudar o outro, de prestar um serviço que não é só médico, de ver o paciente como um ser humano que precisa de ajuda. E esse processo é uma via de mão dupla: há reciprocidade envolvida nas relações humanas”.