COC – Centro de Oncologia Campinas

Abril pela Segurança do Paciente: eventos adversos causam mais mortes do que os acidentes de trânsito

Estudo aponta que falhas involuntárias no atendimento à saúde são a terceira maior causa de mortes nos Estados Unidos

 

Qualquer incidente que resulte em dano à saúde do paciente é considerado evento adverso. São falhas involuntárias que geram complicações não relacionadas à evolução natural da doença de base. Nos países de baixa e média renda, como no caso do Brasil, evidências obtidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sugerem que 134 milhões de eventos adversos ocorrem anualmente e contribuem com cerca de 2,6 milhões de mortes – quase o dobro do total de óbitos em acidentes de trânsito por ano no planeta. Estudo realizado nos Estados Unidos aponta que falhas humanas no atendimento à saúde são a terceira causa de morte no país.

Os danos evitáveis no atendimento à saúde deram origem à campanha “Abril pela Segurança do Paciente”, instituída pelo Ministério da Saúde. O objetivo da ação é estimular que trabalhadores da saúde, serviços de saúde, universidades, escolas e gestores compartilhem experiências exitosas e aperfeiçoem os processos de atenção ao paciente.

Todos os procedimentos são criados para assegurar que o paciente não sofra danos, salienta o oncologista clínico André de Moraes, do Centro de Oncologia Campinas. Trata-se de um sistema complexo e fundamental para estabelecer o bem-estar e o atendimento seguro.

“São muitos processos e barreiras de checagem desenvolvidos para impedir que os erros aconteçam”, reforça o especialista.

Moraes cita como exemplos de processos de segurança a guarda dos estoques farmacêuticos, a dispensação dos estoques para tratamento e a aplicação correta do medicamento. “Temos de obedecer pontos de checagem desde a identificação do paciente e da prescrição médica até a intervenção que ele vai sofrer e a necessidade de orientá-lo. São muitas ações envolvidas nessas barreiras de proteção, todas criadas para a segurança dos pacientes e profissionais”.

Os procedimentos para assegurar a inexistência de eventos adversos começam ainda na identificação do paciente, para que receba a intervenção que foi a ele destinada. “Depois disso tem a avaliação médica, o encaminhamento para uma intervenção ou terapia, a prescrição que é conferida pelo farmacêutico e enfermeira. Se houver alguma discrepância em doses, esses profissionais precisam tomar atitudes e confirmar. Enfim, todo tipo de conferência é essencial no procedimento de atendimento”, acentua.

 

Cine pela Segurança

O Centro de Oncologia Campinas, cuja qualidade e segurança dos serviços foram reconhecidas pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), a principal avaliadora do País, utiliza durante o mês de abril o “Cine Pela Segurança” como canal de condução ao debate e ao reforço dos processos de segurança dos pacientes.

Os colaboradores da instituição, após assistirem trechos selecionados de dramas médicos produzidos para a televisão, debatem em cima dos erros e acertos mostrados pela série. Profissionais médicos reforçam questões pertinentes, destacam erros e as formas de corrigi-los e abrem espaço para discussões que agregam conhecimento e reforçam processos.

“Organizamos quatro sessões do Cine pela Segurança para engajar todos os colaboradores, do administrativo aos médicos. Tivemos uma resposta muita boa dos participantes, muito envolvimento e questionamentos. As regras dos processos e a segurança das informações são essenciais e essas questões também foram abordadas”, detalhou Solange Oliveira, coordenadora de Qualidade e Gestão de Riscos do COC.

Solange salientou que a segurança do paciente é prioridade dentro do COC desde o momento em que é atendido na recepção.

Os oncologistas e diretores do COC, André de Moraes, Mary da Silva Thereza e Fernando Medina, também coordenador do Núcleo de Segurança do Paciente do COC, participam dos encontros e abordam questões que reforçam a necessidade da atenção aos cuidados dos pacientes. A segurança depende sempre de uma estrutura de processos organizados para reduzir riscos de forma consistente e também minimizar impactos de danos evitáveis, se eles ocorrerem.

“Fazemos um movimento dentro do nosso cenário, envolvendo principalmente as pessoas que cuidam de outras pessoas, no sentido de reforçar nosso compromisso com a segurança do paciente. Destacamos as atitudes que a gente tem de tomar prontamente para evitar que um erro ocorra ou se repita”, explica André de Moraes.

Segurança no mundo

A importância da questão da segurança do paciente no mundo é dimensionada por variados trabalhos desenvolvidos ao longo dos anos. Pesquisadores do Departamento de Cirurgia da Johns Hopkins University School of Medicine divulgaram estudo, publicado pelo British Medical Journal (BMJ), que avalia os erros médicos – definição globalizada para eventos adversos – e a relação de óbitos.

Pela análise, entre 210 mil e 400 mil mortes anualmente são associadas a erros médicos envolvendo pacientes hospitalizados. A taxa média anual de 251.454 óbitos, sugere o estudo, coloca o erro médico como a terceira causa mais comum de morte nos EUA, atrás dos óbitos por doenças cardíacas e câncer.

Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente no Brasil descreveu que, em média, 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento adverso, sendo que metade deles seria evitável.

Os cuidados inseguros na área da saúde são um crescente problema global. Trabalho emblemático publicado pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos, ainda em 1999, ajudou a voltar o foco às questões relacionadas aos eventos adversos no atendimento à saúde. Já naquele ano, o relatório “Errar é humano: construir um sistema de saúde mais seguro” apontava que até 98 mil pessoas morriam em hospitais do país anualmente como resultado de incidentes evitáveis.

A incidência de pacientes que sofrem alguma espécie de evento adverso quando hospitalizados pode chegar a quase 17%, dependendo do estudo realizado.

Sobre o COC

O Centro de Oncologia Campinas dispõe de uma equipe multidisciplinar para oferecer todos os níveis de cuidados aos pacientes, incluindo serviços complementares ao tratamento. Possui salas de imagens, de quimioterapia, radioterapia, análises clínicas e imunoterapia. Também realiza atendimentos nas áreas de oncogenética, psico-oncologia, odonto-oncologia e hematologia, dentre outras.

Recentemente, o COC inaugurou o Centro de Endoscopia Digestiva, que realiza procedimentos diagnósticos, terapêuticos e de prevenção das lesões do aparelho digestivo alto (esôfago, estômago e duodeno) e baixo (cólon).

Mais de 30 médicos compõem o Corpo Clínico do Centro de Oncologia Campinas. Na sua maioria, especialistas detentores de excelência técnica, resultado da natureza e origem de suas respectivas formações. Serviços de nutrição, educação física, fisioterapia, odontologia e farmácia complementam os cuidados dentro da instituição, que atende mais de 30 convênios médicos.

O Centro de Oncologia Campinas completou 45 anos de história em novembro de 2022. Fica localizado à Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas. O telefone de contato é (19) 3787-3400.

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