COC – Centro de Oncologia Campinas

Câncer de Mama

O câncer de mama, também conhecido como neoplasia mamária é uma doença que tem origem na multiplicação desordenada de células da mama, podendo evoluir de diferentes formas, pois esse tipo de câncer pode se apresentar de diferentes formas, com desenvolvimento rápido em alguns casos. O câncer de mama pode também acometer os homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Estatística

A estimativa de novos casos para o ano de 2020 foi de 66.280 de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ocorrendo 18.295 mortes para o mesmo período, sendo 18.068 mulheres e 227 homens.

Tipos

A maioria são adenocarcinoma (tumor que se inicia nas células de um ducto mamário ou nas glândulas produtoras de leite (lóbulos)), e pode ser in situ (também conhecido como intraductal e é considerado não invasivo) ou invasivo (que se disseminou pelo tecido mamário adjacente).

Fatores de Risco:

Alguns fatores de ambientais e comportamentais que adotamos no decorrer da vida e que podem desencadear um tumor de mama, como:

  • obesidade e/ou sobrepeso após a menopausa
  • falta de atividade física
  • consumo de bebidas alcoólicas
  • exposição frequente a raio X

Fatores de história reprodutiva, hormonal e genético também podem desencadear a formação de tumor, como:

  • primeira menstruação antes de 12 anos
  • ausência de filhos
  • primeira gravidez após 30 anos
  • menopausa após 55 anos
  • uso de contraceptivos hormonais
  • uso de medicamentos para a reposição hormonal após a menopausa
  • história familiar de câncer de ovário ou mama
  • alteração genética, principalmente nos genes BRCA1 e BRCA2, porém apenas 5 a 10% do total de casos da doença são representados pelas alterações genéticas/hereditárias.

Mulheres que não amamentaram não apresentam fator de risco para o câncer de mama. Amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o câncer, sendo assim, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, mas não significa fator de risco.

A exposição a determinadas substâncias e ambientes, como agrotóxicos, benzeno, campos eletromagnéticos de baixa frequência, campos magnéticos, compostos orgânicos voláteis também podem estar associados ao desenvolvimento de tumor.

Prevenção

Hábitos de vida saudáveis ao serem adotados, podem prevenir cerca de 30% dos casos de câncer de mama. Como exemplo, podemos citar:

  • prática de atividade física
  • consumir alimentos saudáveis
  • manter o peso adequado
  • evitar o consumo de bebidas alcoólicas
  • amamentar (quando possível)
  • evitar o uso de hormônios sintéticos

Sinais e Sintomas:

  • Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor (estando presente em cerca de 90% dos casos).
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
  • Alteração no bico do peito (mamilo).
  • Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
  • Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (no banho, no momento de troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica. É de extrema importância esse toque, porque a postura atenta das mulheres é fator primordial para a detecção precoce do câncer de mama.

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada 2 anos.

Diagnóstico

Sintomas como nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação mais aprofundada, o médico poderá pedir exames de imagem, como a mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética, mas a confirmação diagnóstica só é feita por meio da biopsia ou de uma pequena cirurgia, onde é retirado um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.

Tratamento

O tratamento depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo de tumor, podendo incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo). As terapias podem ser usadas conjuntamente, dependendo da conduta do médico.

Referências

Instituto Nacional do Câncer Tipos de câncer. Câncer de Mama. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama  Acesso em 13/04/2021.

Mulher Consciente. Tudo sobre o Câncer de Mama. Disponível em: https://mulherconsciente.com.br/cancer-de-mama/tudo-sobre-o-cancer-de-mama/ Acesso em 13/04/2021.

Instituto Oncoguia. Tipos de Câncer. Câncer de Mama. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-mama/1383/34/  Acesso em 13/04/2021.

Mitos e Verdades

Mito: a maioria das mulheres que são diagnosticadas com câncer de mama não tem histórico familiar com a doença. Apenas 10% dos casos de câncer de mama possuem algum tipo de relação hereditária. O histórico familiar pode ser importante quando se tratar de parentesco de primeiro grau, ou seja, mãe, filha ou irmã que tenham sido diagnosticadas. Uma outra situação importante é quando o tumor foi diagnosticado antes dos 40 anos.

Mito: Existem vários tipos de câncer de mama e cada um necessita de tratamento específico. Sendo assim, é importante o correto diagnóstico para que se possa ter acesso ao tratamento mais adequado. Existem tumores que ficam restritos apenas à mama, mas existem outros que se espalham com facilidade, atingindo outros órgãos. Existem tumores que tem o seu crescimento mais lento, mas existem aqueles com crescimento acelerado. 

Verdade: A amamentação é um fator de proteção, especialmente se a gestação ocorrer antes dos 30 anos de idade e, se o período de aleitamento for longo. Existem evidências de que quanto mais prolongado, maior a proteção. A amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar por trás do surgimento de tumores, como o estrógeno, por exemplo.

Mito: O tumor de mama não tem relação com uma batida, ou seja, as células malignas não irão se multiplicar em razão de uma batida.

Mito: Os desodorantes podem possuir sais de alumínio em suas fórmulas, mas não está comprovado cientificamente que o seu uso pode desencadear a multiplicação de células cancerígenas.

Mito: Embora seja um aliado para despertar a consciência corporal, o autoexame, na grande maioria das vezes, não é capaz de flagrar o início de um tumor, na fase em que as lesões são muito pequenas. A palpação detecta caroços maiores.

Verdade: O diagnóstico precoce é um fator importante para que se possa ter maior chance de cura, pois quando os tumores estão em fase inicial e pequenos, o tratamento se torna mais efetivo e com maiores chances de sucesso.

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