COC – Centro de Oncologia Campinas

Conhecer os sinais do linfoma contribui para ampliar prognóstico de cura da doença

Autoexame também é importante na detecção precoce deste tipo de câncer, cujo índice de ocorrências dobrou no Brasil 

Dr. Fernando Medina – Oncologista clínico e diretor técnico do Centro de Oncologia Campinas (COC) e do Centro do Câncer Santa Casa de Piracicaba (CECAN).

Entre os anos de 2010 e 2020, houve 91.468 diagnósticos de linfoma no Sistema Único de Saúde (SUS), conforme estudo realizado pelo Observatório de Oncologia. O índice de ocorrências da doença no Brasil dobrou nos últimos anos e estimativas do Instituto Nacional do Câncer apontam para quase 15 mil novos casos anualmente. O oncologista Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas, cita o aumento da expectativa de vida do brasileiro como um dos motivos do crescimento da incidência da doença. E reforça que o diagnóstico tardio tem colaborado para a elevação dos casos graves de linfoma. 

A campanha Agosto Verde-Claro chama atenção para uma doença cada vez mais frequente e que pode ser detectada logo no início se os sinais foram conhecidos e observados. O levantamento do Observatório de Oncologia confirma que o linfoma apresenta diagnóstico tardio no Brasil. Em mais da metade (58%) dos casos, a doença é descoberta em estágio avançado. 

“A pessoa que sua muito à noite, por exemplo, deve ficar alerta e procurar um médico, porque esse é um dos indicativos do linfoma”, aponta o oncologista do COC, destacando a necessidade de observância de outro sinal importante: o aparecimento de linfonodos aumentados (caroços). “Esses linfonodos podem surgir no pescoço, na axila e na região inguinal; podem ser também no mediastino (tórax) e abdômen”, esclarece.  

Outros sintomas, chamados do grupo B, são, além da sudorese noturna, febre e prurido (coceira que pode surgir em diferentes áreas do corpo. “É interessante notar que às vezes aparece apenas um desses sinais, como o prurido, que é associado a uma doença dermatológica, não ao linfoma”. 

O autoexame, avisa o oncologista, é valioso instrumento de apoio para a detecção precoce do linfoma. “Além dos sintomas, o autoexame revela indicativos da doença. A pessoa deve procurar por gânglios na região do pescoço, na axila ou na região inguinal (virilha). O linfonodo é semelhante a uma íngua, normalmente é liso, elástico e indolor, e pode ser sentido ao toque”. 

A doença 

O organismo, explica Fernando Medina, tem três sistemas circulatórios: o venoso, que carrega o sangue com CO2, o arterial, que transporta o sangue oxigenado, e o sistema linfático, que tem uma característica interessante: em cada pedaço dele há um linfonodo, onde se fabrica o linfócito. “Quando ele é alterado por alguma mudança no organismo, sofre mutações que dão origem ao desenvolvimento do câncer que chamamos de linfoma”, detalha. 

O linfoma é dividido em dois grandes grupos: de Hodgkin (mais frequente no adolescente e adulto jovem) e o de não Hodgkin (mais comum em pessoas a partir dos 60 anos e um pouco mais grave). O linfoma de Hodgkin, conta Medina, é curável em 90% das vezes. O prognóstico de não Hodgkin, por apresentar mais de 20 tipos de doenças diferentes, dependerá de qual tipo de células se apresentam. 

O principal fator de risco para o linfoma é a idade, principalmente depois dos 60 anos. “A incidência do linfoma não Hodgkin aumentou seis vezes entre os indivíduos a partir dos 60 anos. Os pacientes imunossuprimidos, como os quem têm HIV, também têm chances maiores de apresentar a doença, assim como os que fazem uso de substâncias para diminuir a imunidade, como transplantados; e os pacientes submetidos recentemente, muito jovens, à radioterapia e radiação ionizante”, cita o especialista. 

Diagnóstico e tratamento 

O diagnóstico do linfoma é feito por meio de biópsia. “Como normalmente o gânglio é periférico, se retira um pedaço desse linfonodo para realização do exame anatomopatológico, que vai apontar também o tipo da doença”, descreve.  

A agressividade e o avanço dependerão justamente do tipo de linfoma. “O de Hodgkin, por exemplo, é um linfoma que tem uma regularidade grande no aparecimento. Já o de não Hodgkin é desordenado e pode aparecer em vários locais; dependendo do tipo de célula pode ser mais agressivo ou menos agressivo”, explica. 

Para traçar genericamente as expectativas de cura, os linfomas são divididos em dois tipos, indolente e agressivo. “O agressivo, ao contrário do que sugere o nome, tem maior chance de cura, enquanto o indolente tem sobrevida muito grande, e pode não curar apenas com a quimioterapia, sendo necessária, dependendo do caso, a realização de transplantes de medula.” 

Na maioria das vezes, a primeira abordagem de tratamento do linfoma é com quimioterapia e imunoterapia. A radioterapia também pode ser uma opção para o caso de regiões com maior número de linfonodos. Um próximo passo pode ser o transplante autólogo de medula – as células-tronco do próprio paciente são coletadas e utilizadas. 

“O linfoma é bastante sensível ao tratamento. Às vezes no primeiro ciclo de quimioterapia o paciente já fica sem sintomas como sudorese e prurido e a partir do sexto ciclo praticamente 70% dos pacientes estão em remissão completa da doença. No linfoma de não Hodgkin, informa o oncologista, as chances de cura são de 70%. A recidiva em 24 meses – retorno da doença após tratamento bem-sucedido – ou resistência à quimioterapia nos linfomas de alto grau, diz Medina, é de aproximadamente 35%. 

Sobre o COC 

O Centro de Oncologia Campinas completa 45 anos de tradição no tratamento de pessoas com câncer. Dispõe de uma equipe multidisciplinar para oferecer todos os níveis de cuidados aos pacientes, incluindo serviços complementares ao tratamento. Possui salas de imagens, de quimioterapia, radioterapia, análises clínicas e imunoterapia. Também realiza atendimentos nas áreas de oncogenética, psico-oncologia, cardio-oncologia, odonto-oncologia e hematologia, dentre outras.  

Mais de 30 médicos compõem o Corpo Clínico do Centro de Oncologia Campinas. Na sua maioria, especialistas detentores de excelência técnica, resultado da natureza e origem de suas respectivas formações. Serviços de nutrição, educação física, fisioterapia, odontologia e farmácia complementam os cuidados de pacientes dentro da instituição, que atende mais de 30 convênios médicos. 

O Centro de Oncologia Campinas está localizado à Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas. O telefone de contato é (19) 3787-3400. 

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