COC – Centro de Oncologia Campinas

Campinas decreta surto de febre maculosa, fique atento aos sinais!

Infecção pelo carrapato-estrela é tratável quando a doença é diagnosticada nas fases iniciais

 

A Prefeitura de Campinas decretou surto de febre maculosa no município. Neste mês, quatro mortes pela doença foram confirmadas e mais dois casos suspeitos em mulheres hospitalizadas estão sob investigação. Todas essas vítimas teriam sido infectadas em eventos na Fazenda Santa Margarida, no Distrito de Joaquim Egídio. Outras duas mortes foram registradas no início do ano, ambas de moradores da região do distrito de Sousas, mas sem relação com a fazenda.

A Secretaria de Saúde investe em informação para evitar novos casos de uma doença que, neste ano, apresenta 100% de letalidade em Campinas, mas que é perfeitamente tratável quando detectada em fases iniciais, como explica o oncologista clínico do COC, Fernando Medina.

“O tratamento padrão para a febre maculosa envolve o uso de antibióticos, geralmente doxiciclina, que é eficaz no combate à infecção bacteriana. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhores são as chances de recuperação completa”, assegura.

Segundo Medina, a febre maculosa pode ser uma doença grave e levar a complicações como danos aos órgãos, problemas respiratórios, insuficiência renal e até mesmo morte. “Portanto, é importante buscar atendimento médico imediatamente se você desenvolver sintomas após uma possível exposição a carrapatos”, alerta.

“Os sintomas da febre maculosa geralmente aparecem dentro de 2 a 14 dias após a picada do carrapato. Incluem febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores musculares e articulares, fadiga e sensibilidade à luz. Conforme a doença progride, podem ocorrer outros sintomas, como erupção cutânea maculopapular, náuseas, vômitos, dor abdominal e confusão mental”, especifica.

Uma das ações mais importantes para o diagnóstico da febre maculosa, diz o oncologista, é o relato do paciente ao médico, uma vez que os sintomas iniciais são comuns aos de vários outros tipos de doença, como dengue, leptospirose e até mesmo viroses. “Daí a necessidade da população conhecer a febre maculosa e informar ao médico sobre a presença em áreas consideradas endêmicas do carrapato estrela. Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores são as chances de recuperação completa”, salienta.

 

Veja os locais prováveis para infecção em Campinas, segundo o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa):

  • Lago do Café, Lagoa do Taquaral e entorno
  • Área militar do Jardim Chapadão
  • Região do Parque das Águas, Lagoa do Jambeiro e entorno
  • Área verde no entorno da Lagoa do Florence e margens do Rio Capivari
  • Recanto dos Dourados, margens do Rio Atibaia e entorno
  • Barão Geraldo
  • Sousas
  • Joaquim Egídio

 

“Prevenir a exposição a carrapatos é fundamental para evitar a febre maculosa. Isso inclui evitar áreas infestadas de carrapatos, usar roupas protetoras (como calças compridas e camisas de mangas longas) ao entrar em áreas com vegetação alta, aplicar repelentes de insetos”, alerta Fernando Medina.

 

 

Sobre a febre maculosa

Conheça mais sobre a doença, formas de transmissão e cuidados

  • A transmissão da bactéria causadora da Febre Maculosa se dá pelo parasitismo prolongado do carrapato infectado, após cerca de 4 horas de alimentação com sangue do hospedeiro
  • Nem todos os carrapatos estão infectados com a bactéria
  • O carrapato-estrela possui vários estágios de vida e TODOS podem transmitir a Febre Maculosa quando infectados
  • Importante atentar para a questão do parasitismo por larvas (micuins): Dificilmente notado, favorece parasitismo prolongado
  • Os carrapatos se infectam quando se alimentam de um hospedeiro, como capivaras e cavalos infectados
  • Uma vez infectado, o carrapato permanece com a bactéria por toda sua vida
  • Capivaras: hospedeiros amplificadores da bactéria R. rickettsii
  • Carrapato-estrela pode parasitar cães quando estes frequentam áreas de risco
  • Porém, o cão não é um hospedeiro preferencial do carrapato-estrela.
  • O carrapato-estrela não infesta o interior de domicílios e edificações
  • Não permanece em caminhos calçados ou de solo exposto
  • Tem comportamento diferente do carrapato do cão
  • Importante: inspeção do corpo todo durante e após frequentar áreas de risco
  • Remoção cuidadosa com pinça (não “esmagar”) para impedir parasitismo prolongado

 

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