COC – Centro de Oncologia Campinas

Fevereiro Laranja e a sensibilização sobre leucemia

Fevereiro foi escolhido como o mês de conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos presentes no sangue. A principal característica da doença é o acúmulo de células doentes na medula óssea e, consequentemente, a substituição das células sanguíneas saudáveis.

A medula óssea desempenha um papel essencial no organismo. É o local onde são produzidos os glóbulos brancos (leucócitos), glóbulos vermelhos (hemácias) e plaquetas. Em um quadro de leucemia, a medula óssea passa a produzir leucócitos doentes, que se multiplicam e espalham por toda a corrente sanguínea.

Por isso, a campanha Fevereiro Laranja busca conscientizar a população também sobre a importância da doação de medula óssea.

Dados sobre a leucemia

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 a estimativa era de 10.810 novos casos de leucemia. Já o número de mortes, segundo dados do Atlas de Mortalidade por Câncer, chegou a mais de 7.300 em 2019, demonstrando a alta mortalidade da doença.

Ainda se desconhece sua causa exata, mas acredita-se que cada tipo de leucemia pode ser causado por diferentes fatores, relacionando-se tanto a genéticos hereditários quanto a ambientais. Entre os fatores de risco, o INCA aponta que a exposição à radiação ionizante e ao benzeno (composto encontrado na gasolina e muito utilizado na indústria química) são os fatores ambientais mais associados à leucemia aguda até o momento. Contudo, há outras condições que aumentam o risco de leucemia: tabagismo, exposição a agrotóxicos e outros produtos químicos, procedimentos de beleza não autorizados pela ANVISA, Síndrome de Down e doenças hereditárias, histórico familiar, entre outras.

Sintomas

O acúmulo de leucócitos doentes na medula óssea prejudica ou impede a produção de células sanguíneas normais, o que pode ocasionar diversos problemas ao organismo. A diminuição das hemácias, por exemplo, provoca anemia, cujos sintomas incluem fadiga, fraqueza, dor de cabeça e falta de ar. Já a falta de glóbulos brancos saudáveis ocasiona baixa imunidade do organismo, deixando-o mais sujeito a infecções, enquanto a diminuição de plaquetas causa sangramentos, principalmente nas gengivas e nariz, e manchas roxas pelo corpo.

Entre outros sintomas da leucemia estão febre noturna, perda de peso sem motivo aparente, dores nos ossos e articulações, desconforto abdominal, e até dores de cabeça, náuseas, vômitos e desorientação, caso a doença afete o Sistema Nervoso.

A importância do diagnóstico precoce

Para todos os tipos de câncer, o diagnóstico precoce é uma estratégia para encontrar o tumor ainda na fase inicial. Desse modo, aumentam-se as chances de sucesso no tratamento.

Ao apresentar sintomas ou pertencer a grupos com maiores chances de desenvolver a doença, ainda que assintomático, o paciente deve procurar seu médico, que realizará investigação por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.

Como a leucemia progride rapidamente, o tratamento deve ser iniciado logo após o diagnóstico e constatação da doença.

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Por que ser doador de medula óssea?

O transplante de medula óssea pode ajudar no tratamento de cerca de 80 doenças, em diferentes estágios e faixas etárias.

Para pacientes com leucemia, dependendo do quadro clínico, a reposição de células sanguíneas saudáveis é fundamental. Mas, para isso, precisam da doação de voluntários compatíveis. Apenas 25% das famílias brasileiras possuem doadores ideais, ou seja, irmão compatível.

Como se tornar um doador

Para ser um doador de medula óssea, é necessário se cadastrar no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), órgão oficial de busca de doadores. Além disso, é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar com boas condições de saúde, não possuir diagnóstico oncológico e de doenças hematológicas ou do sistema imunológico.

Segundo dados do REDOME, há mais de 5 milhões de doadores cadastrados e uma média de 850 pacientes em busca de um doador compatível.

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