COC – Centro de Oncologia Campinas

Dra. Mariana Hamra Eleutério discutiu estudo dos Avanços no tratamento do câncer colorretal.

No Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer colorretal é o terceiro mais incidente na população. São aproximadamente 40 mil novos casos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres. Mantida essa tendência, a estimativa é que até 2030, o número de casos aumente três vezes. Por isso a importância dos avanços dos tratamentos da doença.
O principal sitio de metástase do câncer colorretal é o fígado e, quando diagnosticado nesse estágio, o tratamento visa o controle da doença.
Nesse cenário, o estudo Cairo5, apresentado na ASCO 2022, avalia o tratamento de paciente com câncer colorretal virgem de terapia sistêmica, que tenha doença metastática irressecável para fígado.
O tratamento experimental fez uso de um esquema envolvendo três drogas, comparado ao uso de apenas duas, com o objetivo de transformar metástase hepática irressecável em potencialmente ressecável. Todavia, existe ainda uma enorme dificuldade de avaliar a ressecabilidade, assim como a escolha do melhor esquema de conversão.
Assim, o estudo vem para clarear esse cenário, visando melhores resultados de ressecção das metástases hepáticas com uso de terapia tripla, que, apesar de ser às custas de maior toxicidade, mostrou resultados promissores, com melhores taxas de ressecção completa em relação à terapia dupla. Nessa primeira análise, os dados sobre sobrevida global são ainda imaturos e, portanto, deve-se ter cautela e selecionar o paciente ideal para tratamento intensificado.

Mariana Hamra Eleuterio
Médica graduada na universidade de Araraquara com especialidade em clínica médica pela FAMECA e oncologia pela FAMERP. Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e oncologista clinica do COC – Centro de Oncologia Campinas e CECAN – Centro do Câncer Santa Casa de Piracicaba.